This site uses cookies.
Some of these cookies are essential to the operation of the site,
while others help to improve your experience by providing insights into how the site is being used.
For more information, please see the ProZ.com privacy policy.
Actual writer as well as translator, proofreader and subtitler. Very good style in English and Portuguese. Master of grammar in both languages. Obsessive error catcher.
Account type
Freelance translator and/or interpreter
Data security
This person has a SecurePRO™ card. Because this person is not a ProZ.com Plus subscriber, to view his or her SecurePRO™ card you must be a ProZ.com Business member or Plus subscriber.
Affiliations
This person is not affiliated with any business or Blue Board record at ProZ.com.
Portuguese to English: On the road, with Cyborg General field: Other Detailed field: Sports / Fitness / Recreation
Source text - Portuguese Perfil
Na estrada, com Cyborg
A história do campeão absoluto do ADCC 2013, contada ao longo de uma reveladora travessia pela natureza selvagem do Mato Grosso do Sul
As placas à beira da BR-262 (que liga Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, ao Pantanal) chamam a atenção dos motoristas para os animais silvestres que eventualmente podem cruzar a estrada. Naquela noite, porém, cobras, onças, jacarés, tucanos, gaviões, porcos-do-mato, tamanduás, tatus, entre outros habitantes da região, pareciam estar entocados. Talvez pressentissem que era Roberto “Cyborg” Abreu ao volante da Range Rover verde-musgo, que oscilava entre 120 e 140 km/h.
Até o mais temido predador da região pantaneira evitaria cruzar o caminho de um legítimo campeão absoluto do ADCC. A exceção foi um desavisado gato selvagem que, ao se ver iluminado pelos faróis da Range Rover, travou as patas, indeciso entre recuar ou atravessar a pista. Cyborg gentilmente diminuiu a velocidade e desviou. Teve fair play.
Nos eventos de jiu-jítsu e de submission, a reação do faixa-preta é justamente o contrário. Cyborg busca a colisão. Acelera e tenta passar por cima, como fez na categoria absoluto do ADCC 2013, em que não sofreu um ponto sequer e atropelou craques como Keenan Cornelius e Marcus Buchecha.
“Naquele dia, eu alcancei um estado mental muito poderoso”, recordou o lutador. “Parecia até que eu conseguia entrar na cabeça dos meus adversários, desestabilizando-os ao longo das lutas. Acho que, para conquistar um título tão importante, técnica e pujança física não são suficientes. É necessário ter mentalidade vitoriosa, algo que está dentro de todo mundo, mas são poucas as pessoas que têm a capacidade de deixar essa mentalidade fluir em momentos críticos, sob pressão.”
No absoluto do ADCC 2013, Cyborg libertou a onça pantaneira que ele vinha aprisionando dentro de si. E, como a comunidade do jiu-jítsu pôde observar, a onça estava faminta. Saiu para caçar e se impôs como predadora feroz.
A mente em estado de graça otimizou as virtudes do improvável corpo do lutador. Pesado (hoje com 105kg) e maciço, Cyborg possui a flexibilidade típica dos competidores longilíneos e a velocidade dos leves. Cheia de contorcionismo, sua guarda desafia as leis da elasticidade, enquanto seus músculos oferecem um potencial incomum de força e explosão. O casca-grossa tem como passatempo levantar e puxar a totalidade dos pesos dos aparelhos de musculação. No leg press, por exemplo, vai além dos 500kg em quatro séries de dez repetições.
“Acho que todas essas virtudes se devem à minha infância junto à natureza, o que me propiciou desenvoltura corporal, facilidade motora e, sobretudo, uma certa audácia em não respeitar os limites”, explicou “Robertinho” (como costuma ser chamado por amigos, familiares e alunos). Foi por isso que ele fez tanta questão de levar a equipe de reportagem de GRACIEMAG para conhecer o Pantanal e também a cidade de Bonito. “Se vocês querem contar a minha história, vocês têm que entender de onde eu vim e de onde tiro boa parte da inspiração para ser o faixa-preta que sou hoje em dia.”
Poder de regeneração
O sono vencia as pálpebras de Cyborg quando, por volta das duas e meia da madrugada, chegamos ao Hotel Pantanal, nas imediações da cidade de Miranda, para dormir um pouco antes de retomar a viagem, já pela manhã.
Na adolescência, antes de o jiu-jítsu salvá-lo do mau caminho, Cyborg aprontou um bocado em Miranda. “Eu era muito farrista e rebelde, vivia me metendo em brigas e colecionava confusões”, recorda o faixa-preta, em tom contemplativo. “Claro, paguei um preço alto por isso. Quase morri. Certa vez, num desses dias de inconsequência juvenil, fui cuspido para fora de um carro durante uma capotagem. Uma parte das ferragens veio rolando atrás de mim e terminou por esmagar o meu braço esquerdo. No hospital, os médicos disseram que eu jamais recuperaria os movimentos, meu braço ficaria inutilizado.”
Robertinho desmentiu tal profecia. Meses depois do acidente, já fazia inúmeras séries de flexões de braço. Foi essa capacidade sobrenatural de regeneração do corpo que lhe rendeu o apelido de Cyborg.
“É algo realmente esquisito. Quando analisam minhas radiografias, muitos ortopedistas não entendem como eu sigo movimentando, com tamanha naturalidade, certas articulações lesionadas. Alguns chegam a dizer que, em tese, seria impossível eu fazer certos movimentos. Mas eu sigo treinando todos os dias e competindo nos principais eventos de jiu-jítsu.”
Os campeonatos de jiu-jítsu sempre representaram um desafio instigante para Cyborg. Nos tempos de faixa-roxa, ele botava o kimono na mochila e viajava cerca de 24h, dentro de um ônibus apertado, para competir no Rio de Janeiro. “Às vezes, chegava à rodoviária cheio de fome, mas não podia almoçar, pois estava em cima da hora do campeonato. Mesmo faminto, partia direto para lutar no ginásio do Tijuca Tênis Clube.”
O jiu-jítsu de Cyborg é como o encontro de vários rios de naturezas diferentes. No início da carreira, ele foi aluno do professor Luiz Cláudio Isaías, em Campo Grande, MS. Da fase intermediária até pegar a faixa-preta (em 2004), seguiu as lições do professor Francisco Albuquerque, o “Toco”, da academia Nova Geração, do Rio de Janeiro. Sempre que podia, Cyborg viajava ao Rio para se aperfeiçoar com os treinos na NG.
Mas ainda há um último afluente nessa história toda, um córrego tão importante quanto os outros dois, que é o autodidatismo. “Criei a Fight Sports ainda na faixa-roxa. Hoje a academia tem várias filiais pelo mundo e uma base muito forte em Miami, nos Estados Unidos. Grande parte das minhas técnicas e da minha maneira de dar aulas eu aprendi pelos acertos e erros dessa experiência de iniciativa própria à frente da minha academia. Sempre batalhei com muita força de vontade, coração e com o apoio dos meus pais e dos meus alunos. Pode ter certeza de que toda essa iniciativa e determinação afloram na minha forma de lutar nos campeonatos. Minha técnica é, sobretudo, uma questão de atitude.”
Aventuras na Transpantaneira
O dia amanheceu com sol forte, o que obrigou Cyborg a aumentar a graduação do ar-condicionado do carro. Ao som de música sertaneja (com destaque para os últimos sucessos da dupla Jorge & Mateus), o campeão pipetava o canudo metálico do tereré (uma espécie de chimarrão, só que servido com água gelada, à base de ervas típicas da região sul mato-grossense), enquanto guiava a Range Rover pelo caminho de terra batida da estrada Transpantaneira.
Durante a travessia de uma ponte, Cyborg parou o carro e avaliou o rio que passava mais de 15 metros abaixo. “É...”, disse o lutador, “acho que dá pra mergulhar”.
Embora se tratasse de uma área atrativa a sucuris, arraias, piranhas e jacarés, Roberto Abreu não se intimidou. “Rapaz, isto aqui eu tiro de letra. Sinistro mesmo foi o salto que eu dei do alto de um rochedo lá no Havaí. Era mais que o dobro desta altura, mar revolto, cheio de pedras... Até hoje eu não sei como consegui fazer aquilo.”
E lá foi ele. Poderia ter saltado em pé, para cair na vertical, o que seria menos arriscado já que não conhecia bem a profundidade do rio, mas preferiu pular como um nadador de piscina. Mãos à frente da cabeça, corpo na horizontal cortando o ar.
O impacto com a água formou marolas ao longo do rio, que até então parecia um espelho d’água. Pássaros que estavam distraídos levantaram voo assustados. Cyborg nadou tranquilo até a margem, voltou ao topo da ponte e, insatisfeito com o ângulo da foto com que nossa equipe registrou o salto, repetiu o pulo mais duas vezes.
Num outro trecho da Transpantaneira, Cyborg avistou uma enseada cheia de jacarés. Encostou o carro e foi ao encontro dos grandes répteis, como se matasse a saudade de amigos de velha data. Posou a cerca de um metro de uma enorme mandíbula cravejada de dentes. Levantou a guarda e exibiu para a lente teleobjetiva de nosso fotógrafo toda a autoconfiança que um título absoluto do ADCC proporciona ao campeão.
“O melhor ano da minha vida”
Já era noite quando chegamos a Bonito, na Serra da Bodoquena, outra cidade rica em memórias para Cyborg. Foi lá que o lutador marcou com meia dúzia de amigos, no bar Taboa, muito famoso na região. À meia-noite, Robertinho completaria 33 anos.
O bar não estava muito cheio no fim daquela quinta-feira, dia 19 de dezembro. Havia música ao vivo. Uma garota com voz de veludo cantava baladas americanas acompanhada por um baterista e um cara no violão.
Cyborg contou histórias que vivera em Bonito, um dos principais polos de ecoturismo do Brasil, onde tinha se aventurado em trilhas, grutas, cachoeiras, rios de águas incrivelmente cristalinas, e, claro, em festas um tanto animadas.
Quando perguntamos se o aniversariante estava satisfeito com a vida que ele havia construído até então, Cyborg fez um rápido balanço existencial. Num relance, achávamos que ele iria chorar. Roberto viu que, em alguns momentos, a vida se parecia com a BR-262. Bem asfaltada, quase sempre uma linha reta de fácil navegação. Em outras fases lembrava a Transpantaneira, com seu terreno irregular e imprevisível, sempre ameaçada pelas estações alagadiças do ano.
Em 2013, Cyborg passou por grandes alegrias, mas também enfrentou momentos difíceis, como o fim de um casamento semanas antes do ADCC. No próprio evento de submission, Roberto perdeu para Buchecha na categoria de peso, antes da grande glória no absoluto.
“Quer saber? Dois mil e treze foi o melhor ano da minha vida. Tive que superar muitas dificuldades, porém isso só tornou tudo ainda mais especial. E nem estou falando exatamente do meu título no ADCC. Claro, todo esse reconhecimento é muito bacana – é a realização de sonho, por exemplo, receber a GRACIEMAG aqui, no Mato Grosso do Sul, para contar a minha história. Porém, sem hipocrisia alguma, minha maior consagração é ter transformado a minha academia numa grande família. Tudo está dando certo, funcionando com harmonia. O jiu-jítsu me salvou uma vez e eu estou conseguindo retribuir, permitindo que a arte suave salve a vida de outras pessoas.”
E foi naquele momento, após cruzarmos a barreira da meia-noite no
coração de um dos maiores santuários ecológicos do planeta, que
levantamos os copos ao centro da mesa e brindamos ao campeão.
Translation - English Profile
On the road, with Cyborg
The story of the 2013 ADCC's absolute champion, told during a revealing journey through the wilderness of Mato Grosso do Sul
The signs on the side of the BR-262 motorway (connecting Campo Grande, the capital of the state of Mato Grosso do Sul, to the Pantanal wetlands) warn drivers of the wild animals which eventually may cross the road. That night, however, snakes, jaguars, alligators, toucans, hawks, wild pigs, anteaters, armadillos and other inhabitants of the region seemed to be holed up. Maybe they sensed it was Roberto "Cyborg" Abreu behind the wheel of the moss-green Range Rover traveling at between 120 and 140 km/h.
Even the most feared predator of the region would avoid crossing paths with a legitimate absolute champion of the ADCC. The exception was an unsuspecting wild cat which, as it found itself under the headlights of the Range Rover, stopped on its track, unable to decide whether to cross the road or go back. Cyborg gently slowed down and went around it. Fair play above all.
In BJJ and submission grappling events, the black-belt's reaction is quite the opposite. Cyborg always looks for the collision. He accelerates and tries to run people over, as he did in the open class of the 2013 ADCC, where he didn't suffer a single point and got handily past such aces as Keenan Cornelius and Marcus Buchecha.
"That day I reached a very powerful mental state," the fighter recalled. "It even seemed like I could get in my enemies' heads, destabilizing them throughout the matches. I think that, in order to conquer such an important title, technique and physical power aren't sufficient. It's necessary to have a winning mindset, something that's inside everybody, but few people have the ability to let that mindset flow at critical times, under pressure."
At the 2013 ADCC's open class, Cyborg unleashed the jaguar he'd been keeping inside of him. And, as the jiu-jitsu community witnessed, it was hungry. It went hunting and imposed itself as a ferocious predator.
The blissful mind optimized the virtues of the fighter's improbable body. Heavy (at 105kg these days) and dense, Cyborg possesses a flexibility usually found in slender competitors, and a speed reserved for much lighter men. Chock-full of contortionism, his guard defies the laws of elasticity, while his muscles provide an uncommon mix of force and explosiveness. The champion enjoys lifting all of the weight available on gym equipment. On the leg press machine, for example, he raises over 500kg in four sets of ten.
"I think all these virtues are due to my upbringing amid nature, which provided me with body fluency, good reflexes and, above all, a certain audacity in not respecting limits," explained "Robertinho" (as he is often called by friends, relatives and students). That is why he made it a point of bringing the GRACIEMAG team to get to know the Pantanal, as well as the town of Bonito. "If you guys want to tell my story, you have to understand where I come from and where I get a big part of the inspiration to be the black-belt I am today."
The power of regeneration
Sleep was overcoming Cyborg's eyelids when, around two-thirty a.m., we arrived at Hotel Pantanal, near the town of Miranda, to get a little sleep before resuming the trip in the morning.
In his teenage years, before jiu-jitsu saved him from the dark path, Cyborg was up to quite a bit of mischief in Miranda. "I was wild and a rebel; I'd always get in fights and get in trouble," the black-belt recollects, speaking in a contemplative tone. "Of course, I paid a high price for that. I almost died. Once, on one of those days of juvenile recklessness, I was spit out of a car during a rollover. One piece of the wreckage came rolling after me and crushed my left arm. At the hospital, the doctors told me I would never regain my movements – my arm would become useless."
Robertinho proved the prophecy wrong. Months after the accident, he was already doing countless sets of pushups. It was that supernatural ability to regenerate his body that earned him the nickname "Cyborg."
"It's something really weird. When they analyze my X-rays, many orthopedists don't understand how it is that I go on moving some injured joints in such natural fashion. Some even say that, theoretically, it would be impossible to perform certain movements. But I keep training every day and competing in the main jiu-jitsu events."
Those have always been an instigating challenge for Cyborg. In his purple-belt times, he would put a gi in his backpack and travel for about 24h inside a cramped bus to compete in Rio de Janeiro. "Sometimes I'd arrive in town really hungry, but I couldn't have lunch because the tournament was already starting. So I'd forget about eating and head straight to Tijuca Tennis Club to fight."
Cyborg's jiu-jitsu is like the convergence of several rivers of different types. At the beginning of his career he was a student of Professor Luiz Cláudio Isaías's in Campo Grande, MS. From his intermediate phase until he got the black belt (in 2004), he was guided by Professor Francisco "Toco" Albuquerque of Nova Geração, in Rio. Whenever possible, Cyborg would travel to Rio to hone his skills at NG.
But there's one more tributary in the story, a stream of equal importance as the other two, and that is autodidacticism. "I opened Fight Sports when I was still a purple-belt. Today the school has many branches around the world and a very strong base in Miami, in the United States. A lot of my techniques and my way of teaching class were learned from the things I got right and wrong in the process of getting my gym off the ground on my own. I've always toiled with a lot of willpower, heart and the support of my parents and students. You bet this initiative and determination stand out in my way of fighting tournaments. My technique is, above all, a matter of attitude.
Adventures on the Transpantaneira
The day arrived with the sun really letting us have it, which forced Cyborg to crank up the air conditioner in the car. With Brazilian country music playing on the radio (notably the latest hits of duo Jorge & Mateus), the champion sucked the cold tereré herbal tea from a metal straw while he drove the Range Rover through a patch of dirt road on the Transpantaneira motorway.
In the middle of crossing a bridge, Cyborg stopped the vehicle and evaluated the river 15 meters below. "Yup," said the fighter, "I think I can dive here."
Although this was an area known for housing anacondas, stingrays, piranhas and alligators, Roberto Abreu was not intimidated. "Boy, this is a piece of cake. What was sick was a jump I made form a cliff in Hawaii. It was more than twice as high, a raging sea, and plenty of rocks... To this day I don't know how I pulled that off."
And down he went. He could have jumped upright, which would have been less risky, as he didn't know the river's depth, but he opted to jump like an Olympic swimmer. Hands in front of the head, body slicing the air horizontally.
The impact sent ripples through the river, which had looked like a reflecting pool thitherto. Distracted birds flew away scared. Cyborg swam leisurely to the shore, came back up to the bridge and, dissatisfied with the picture our team had taken of the jump, repeated it twice more.
On another stretch of the Transpantaneira, Cyborg spotted a cove teeming with alligators. He pulled over and walked toward the big reptiles, as if seeing old friends. He posed about a meter from a huge mandible with dozens of sharp teeth. He raised his guard and exhibited to our photographer's teleobjective lens all of the confidence the title of absolute ADCC champion can give a man.
“The best year of my life”
Night had fallen when we arrived in Bonito, in the Bodoquena Ridge, another town rich in memories for Cyborg. It was there that the fighter made an appointment with a half-dozen friends at Taboa, a well-known bar in the area. At midnight, Robertinho would be turning 33.
The bar wasn't very full at the end of that Thursday, the 19th of December. There was live music. A velvet-voiced girl sang American ballads accompanied by a drummer and a guitarist.
Cyborg recounted stories he had lived in Bonito, one of the country's biggest ecotourism destinations, where he had ventured on trails, in waterfalls, caves, clear-water rivers, and, of course, at plenty of lively parties.
Asked whether he was happy with the life he had built thus far, Cyborg did a quick existential rundown. Suddenly we thought he was about to cry. Roberto realized that sometimes life looks like the BR-262. Well paved, mostly straight and easy to drive through. On other stretches it resembles the Transpantaneira, with its irregular, unpredictable terrain, always threatened by the year's flood seasons.
In 2013, Cyborg had great joys, but he also went through trying times, like the end of a marriage just weeks prior to the ADCC. Even at the submission grappling event, Roberto lost to Buchecha at their weight class before achieving glory at the open.
"You know what? Two thousand thirteen was the best year of my life. I had to jump many hurdles, but that only made everything that much more special. And I'm not even referring exactly to my ADCC title. Of course, all this recognition is very cool – it's a dream come true, for instance, to have GRACIEMAG here in Mato Grosso do Sul to tell my story. But – and this is the pure truth – my biggest conquest it to have turned my academy into a big family. It's all going well, working in good harmony. Jiu-jitsu saved me once and now I get to give back, allowing the gentle art to save the lives of other people."
And it was at that moment, right after midnight in the heart of one of the planet's greatest ecological sanctuaries, that we raised our glasses to the center of the table and toasted the champion.
Portuguese to English: Profile of a world jiu-jitsu champion following Graciemag standards General field: Other Detailed field: Sports / Fitness / Recreation
Source text - Portuguese Os ensinamentos do tricampeão
Do adolescente que só perdia até o faixa-preta tricampeão mundial absoluto, a trajetória de Marcus Buchecha no Jiu-Jitsu tem valiosas lições para quem quer ter sucesso de kimono e na vida
Marcus Buchecha já pensou em desistir do Jiu-Jitsu de competição duas vezes. A primeira vez foi ainda como um faixa-azul juvenil. Antes de vencer sua primeira luta, o paulista de São Vicente passou quase um ano só perdendo. Achou que aquilo não era para ele. Um professor dedicado não o deixou desistir. Depois, em 2011, já faixa-preta e após brilhar nas faixas anteriores, uma série de reveses quase fez que ele se matriculasse na faculdade de comércio exterior. Novamente, mudou de ideia quando a vitória voltou a lhe sorrir. Hoje, consagrado como um dos melhores de todos os tempos, mesmo com 24 anos, Buchecha já tem muito para ensinar, tanto com suas sábias palavras quanto com seus feitos impressionantes.
Seu professor desde a faixa-azul, Rodrigo Cavaca, tem certeza de que o pupilo será o melhor de todos. “Ele não tem medo de arriscar nada, mesmo que isso o leve a uma situação desfavorável. Por isso, ele é tão imprevisível para os adversários”, analisa Cavaca. Líder da Checkmat, Leo Vieira enxerga um método no jogo surpreendente de Buchecha: “Ele vai de zero a 100 em segundos, derruba, raspa e finaliza. Porém, faz tudo isso apenas quando é necessário. Ele luta pelo que precisa ou quer”. Nas páginas a seguir, você vai encontrar 16 ensinamentos tirados de uma entrevista com o tricampeão sobre sua trajetória no Jiu-Jitsu. São lições que serão úteis no seu dia a dia, esteja você em cima do tatame, ou não.
1. Cerque-se de quem pode fazer você crescer como atleta e pessoa
“Parte do meu segredo é o treino e as pessoas que tenho ao meu redor. Desde a faixa-azul, sempre tive grandes parceiros de treino e professores. Sempre tive o Rodrigo Cavaca ao meu lado e agora tenho diariamente o Leo Vieira, Lucas Leite, Marcelo Mafra, João Assis, entre outros. É uma equipe que tem tudo para fazer um campeão, e certamente não estaria aqui sem eles.”
2. Não deixe a pressão dos outros entrar na sua cabeça
“Eu consegui manter a minha cabeça limpa, sem deixar a pressão de ganhar o terceiro título absoluto seguido me influenciar, ou me deixar tenso ou nervoso. Eu consegui ir lá para fazer aquilo de que eu gosto pelo motivo certo, e não para bater recordes dos outros e coisas assim. Eu lutei por mim e não pelos outros.”
3. Não permita que as derrotas iniciais afastem você do seu sonho
“Nas minhas primeiras quatro competições, eu perdi na primeira luta, tanto no peso quanto no absoluto. Era muito frustrante, pois por quase um ano eu não tinha nem ao menos o gosto de ter o braço levantado. Depois de uma derrota, eu falei para o meu professor que não queria mais, e ele me disse: ‘Você pode voltar e treinar mais ou pode ser o fraco e desistir. Isso ficou na minha cabeça, e na segunda-feira seguinte eu estava lá treinando mais’.”
4. Não troque um estrangulamento por um ataque a uma articulação
“Nesse meu início, uma vez, perdi uma luta quando troquei um triângulo encaixado por um armlock. O cara escapou e passou minha guarda. Lembrei-me disso agora na final do pesadíssimo contra o Alex Trans. Eu estava com o braço dele no lugar para o armlock, mas insisti em pegar o pescoço pois sabia que ele não bateria no braço.”
5. O apoio da família é fundamental no início
“Mais do que qualquer outro, meu pai foi o cara que mais acreditou em mim. Foi ele que me apoiou nas minhas primeiras viagens, inclusive em 2009, quando competi no Mundial da Califórnia pela primeira vez. Ele sempre me disse que eu viajaria o mundo com o Jiu-Jitsu e conseguiria alcançar meus objetivos no esporte.”
6. Saiba dar um passo atrás para voltar a avançar depois
“Depois que eu ganhei minha faixa-preta no final de 2010, eu decidi ir morar na Flórida para dar aula. Hoje vejo que foi uma decisão precipitada. Eu deixei um ambiente ótimo de treino em Santos, com vários faixas-pretas, e, apesar de ter aprendido muito com o Rafael Chavez nos EUA, eu fiquei sem treino. Eu tentei corrigir antes do Mundial 2011 e voltei para o Brasil para treinar por um mês e meio. Eu achei que estava pronto, mas acabei sendo finalizado pelo Rodolfo no absoluto e perdendo no peso para o Leonardo Nogueira. Então, hoje eu sei que ir para a Flórida foi um erro que me custou o sonho de ser campeão mundial naquele ano.”
7. Dar um tempo, às vezes, é o melhor remédio
“Depois do Mundial 2011, pensei em parar de competir. Lembro que por dois meses eu só dava aula e nem treinava. Cheguei a procurar uma faculdade para começar a cursar. Ao fim dos dois meses, apareceu um campeonato em Brasília que dava um carro para o campeão faixa-preta absoluto. Resolvi que ia treinar oito semanas para lutar aquele campeonato. Deu certo, e ganhei o carro. Logo depois, viajei para os EUA para o Mundial No-Gi e ganhei também. A vontade de competir tinha voltado.”
8. Aceite os sacrifícios como etapas na busca do objetivo maior
“Depois de vencer o Mundial No-Gi de 2011, resolvi que ia ficar na Califórnia. Para mim, o resultado tinha sido um sinal de que as coisas iam dar certo dessa vez. O início foi duro. Morei por um bom tempo na academia do Lucas Leite, em La Habra. Só dava aula e treinava. Com o tempo foram aparecendo propostas de academias para dar aula. Enquanto isso, o Lucas me deixou morar na casa dele e me ajudou a comprar meu primeiro carro.”
9. Seja humilde para aceitar sugestões dos companheiros a sua rotina de treinos
“Além da ajuda na estrutura, o Lucas me ajudou nos treinos, mudando o meu jeito de treinar. Eu odiava fazer drill, e ele é fã de drill. Eu gostava mais de rola e de treino específico. Eu comecei a treinar diariamente com cinco ou seis faixas-pretas, o que melhorou muito o meu Jiu-Jitsu.”
10. Saiba reconhecer quando não está preparado para os grandes desafios
“Eu podia ter lutado com o Rodolfo pela segunda vez no absoluto do WPJJC de 2012, mas eu preferi me entregar na luta anterior contra o Davi Ramos porque não queria dar a chance para ele me finalizar de novo e chegar com mais confiança no Mundial, um mês depois. Eu sabia que não estava preparado para enfrentá-lo. Então, preferi perder para outro cara e não para ele.”
11. A luta só termina quando o árbitro levanta a mão de um dos lutadores
“Na final do absoluto do Mundial 2012, faltavam 15 segundos, e estava 6 x 4 para o Leo Nogueira. Nesses 15 segundos, eu consegui derrubar, passar e montar. Para mim, se faltam cinco segundos ainda dá tempo de fazer alguma coisa. Eu vejo atleta desistindo da luta com dois minutos de lutas faltando.”
12. Tenha um golpe forte, mas não abdique de ter uma técnica variada para surpreender os adversários
“Desde a faixa-roxa eu tinha um ataque no pé muito forte, e até a faixa-marrom ela funcionou muito. Na preta, porém, ela passou a não funcionar muito, mesmo nos treinos. Então eu parei de tentar, mas até hoje eu posso chegar a ela sempre que preciso. Na final do WPJJC 2014, eu usei esse mesmo ataque no pé para iniciar a raspagem no Rodolfo.”
13. Se errar, tenha calma e busque a recuperação na luta
“Contra o Trans, na final do pesadíssimo em 2014, eu errei ao puxar para a guarda de forma displicente e ele caiu na minha meia já com a esgrima no lugar e passou. Eu sabia que tinha menos de um minuto de luta transcorrida e então mantive a calma para conseguir repor. Depois que eu repus, pensei: ‘A luta começou agora’. Daí, ataquei num triângulo, ele levantou, e eu raspei para depois pegar as costas, montar e finalizar.”
14. Mantenha sempre a cabeça aberta para aprender novas técnicas
“O João Assis sempre derrubou todo mundo nos nossos treinos com o wrestling dele. Quando chegou o camp do ADCC 2013, ele levou a gente lá na Calvary Chapel para ter aula com o professor Jacob Harman. Desde o início, ele gostou de mim, pois eu me mostrei interessado em aprender. Eu sabia que no ADCC não tinha como ir bem sem um wrestling afiado.”
15. Lembre-se das suas derrotas e aprenda com elas
“Aquela luta no Mundial 2011, quando o Rodolfo me finalizou, me ensinou que meia-guarda com ele não funciona. Ele vai passar. E olha que a meia guarda é a minha posição mais forte. Aprendi que aquele jogo nunca vai funcionar com ele. Por isso eu comecei a treinar outros tipos de guarda.”
16. Deixe seus atos definirem você, em vez das suas palavras
“Eu acho que o Rodolfo é o melhor da atualidade e o Roger Gracie, o melhor de todos os tempos. Eu estou melhorando. O meu Jiu-Jitsu está evoluindo. É muita pretensão eu me achar o melhor.”
Translation - English
Teachings from the three-time champ
From the teenager with a long losing streak to the three-time world absolute black belt champion, Marcus Buchecha's trajectory in Jiu-Jitsu contains valuable lessons for those who wish to be successful in the gi and in life
Marcus Buchecha has thought about quitting competition Jiu-Jitsu twice. The first time happened as a juvenile blue-belt. Before he ever won his first match the São Vicente native went almost a full year only losing. He thought it was not for him. A dedicated teacher did not let him give up. Then, in 2011, already a black-belt and having shone in previous ranks, a series of setbacks almost convinced him to enroll in foreign commerce school. Again, he changed his mind once victory smiled upon him. Currently, consolidated as one of the greatest fighters to ever step on a Jiu-Jitsu mat, even at just 24, Buchecha has plenty to teach, both with his wise words and his impressive feats.
His teacher since the blue belt, Rodrigo Cavaca is certain the pupil will go down as the greatest of all. "He is not afraid to risk anything, even if it lands him in an unfavorable situation. That's why he is so unpredictable to opponents," Cavaca analyzes. "He goes from 0 to 60 in seconds; he'll take his foe down, sweep and finish. But he does all of that only when necessary. He fights for what he needs or wants," comments Leo Vieira. On the following pages, you will find 16 lessons taken from an interview with the three-time champion about his trajectory in Jiu-Jitsu. These are lessons that will be useful to you in your day-to-day life, on and off the mat.
1. Surround yourself with those who can make you grow as an athlete and person
"Part of my secret is the training and the people I have around me. Since the blue belt, I've always had great training partners and teachers. I've always had Rodrigo Cavaca beside me and now I have, every day, Leo Vieira, Lucas Leite, Marcelo Mafra, João Assis, among others. It's a team that has all it takes to make a champion, and I would certainly not be here without them."
2. Don't let others' pressure get in your head
"I managed to keep my mind clean, without letting the pressure to win the third absolute title influence me or make me tense or nervous. I was able to go there to do what I like for the right reason, and not to break others' records or anything like that. I fought for me and not for others."
3. Don't allow early losses drive you away from your dream
"In each of my first four competitions, I lost in my first fight, both at the weight and the open. It was very frustrating, because for nearly a year I hadn't even had the taste of having my arm raised. After a defeat, I told my teacher I didn't want it anymore, and he told me: 'You can come back and train more, or you can be the weak man and give up.' That stuck with me, and on Monday I was back training more."
4. Don't trade a choke for a joint attack
"In my formative years, once I lost a fight when I switched from a locked-in triangle for an armbar. The guy escaped and passed my guard. I remembered this now in my ultra-heavyweight final against Alex Trans. I had his arm in place for the armbar, but I insisted on taking the neck because I knew he wasn't going to tap from the armbar."
5. Family support is key in the beginning
"More than anybody else, my dad was the guy who believed in me the most. He was the one who supported me in my first trips, including in 2009, when I competed in the Worlds in California for the first time. He would always tell me I was going to travel the world with Jiu-Jitsu and I was going to reach my goals in the sport."
6. Know to take a step back to continue advancing later
"After I got my black belt at the end of 2010, I decided to go live in Florida to teach. Today I see it was a premature decision. I left a terrific training environment in Santos, with many black-belts, and, despite learning a lot from Rafael Chavez in the U.S., I was bereft of training. I tried to correct that before the 2011 Worlds and went back to Brazil to train for a month and a half. I thought I was ready, but I wound up subdued by Rodolfo in the open and losing the weight class to Leonardo Nogueira. Therefore, today I know that going to Florida was an error that cost me the dream of being world champion that year."
7. Sometimes taking time off can be the best medicine
"After the 2011 Worlds, I thought of stopping competing. I remember for two months I was only teaching and wasn't even training. I even looked for a college to start studying. At the end of the two months, a tournament popped up in Brasília that gave out a car to the absolute black belt champion. I decided I was going to train for eight weeks to try and win that championship. It worked, and I won the car. Soon afterward I traveled to the U.S. for the No-Gi Worlds and won that too. The will to compete had returned."
8. Accept challenges as stages leading to a higher objective
"After winning the 2011 No-Gi Worlds, I decided I was gonna hang around in California. To me, the result had been a sign that things were going to work out this time. The beginning was rough. I lived for a good while in the gym with Lucas Leite, in La Habra. I did nothing but teach and train. With time, opportunities appeared from gyms to teach class. Meanwhile Lucas let me live in his home and helped me buy my first car."
9. Be humble enough to accept suggestions from mates regarding your training routine
"Besides the help with structure, Lucas helped me out in the training, changing the way I trained. I used to hate drilling, and he's a fan of it. I only liked rolling and doing specific training. I started training daily with five or six black-belts, which has greatly improved my Jiu-Jitsu."
10. Know how to recognize when you are not prepared for the big challenges
"I could have fought Rodolfo a second time at the 2012 WPJJC's absolute tournament, but I opted to give up in the previous match against Davi Ramos, because I didn't want to give Rodolfo the chance to submit me again and go into the Worlds more confidently a month later. I knew I was not ready to face him, so I chose to lose to another guy instead of him."
11. The fight is only over when the ref raises the hand of one of the fighters
"In the 2012 Worlds' absolute final, there were 15 seconds to go and I was trailing Leo Nogueira 4-6. In those 15 seconds I was able to take him down, pass and mount. To me, if there are five seconds left there is still time to do something. I see athletes giving up on a fight with two minutes left on the clock."
12. Have a strong move, but do not eschew well-rounded, surprising technique
"Since the purple belt I have had a very strong foot attack, and until the brown belt it worked very often. At black, however, it started to not work so much, even at practice. So I stopped attempting it, but to this day I can resort to it whenever needed. At the 2014 WPJJC final I used that very attack to start sweeping Rodolfo."
13. If you make a mistake, stay calm and seek to recover in the fight
"Against Trans, in the 2014 ultra-heavyweight final, I made a mistake as I pulled to guard recklessly and he fell in my half-guard with the pummel in place and passed. I knew we were less than one minute into the fight, so I kept cool to try and recover. After I recovered the guard, I thought: 'The fight just began.' Then I attacked with a triangle, he rose, and I swept to later take the back, mount and finish."
14. Always keep your mind open to learn new techniques
"João Assis has been taking everybody down forever with his wrestling in our training sessions. When the camp for ADCC 2013 happened, he took us there to Calvary Chapel to take lessons from Professor Jacob Harman. From the start he liked me, because I demonstrated interest in learning. I knew at the ADCC there was no way to do well without sharp wrestling skills."
15. Remember your defeats and learn from them
"That fight in the 2011 World Championship, when Rodolfo subbed me, taught me that the half-guard does not work with him. He will pass. And that's even considering the half-guard is my forte. I learned that that game is never going to work with him. That is why I began practicing other types of guard."
16. Let your acts – not your words – define you
"I think Rodolfo is the best currently, and Roger Gracie is the best of all time. I'm improving. My Jiu-Jitsu is evolving. I think it too pretentious to consider myself the best."
English to Portuguese: Physical preparation article for a jiu-jitsu magazine, following its standards General field: Other Detailed field: Sports / Fitness / Recreation
Source text - English The art of twisting II
The yin and yang of abdominals
Last month I received a number of requests to elaborate on the concept of how to develop core stability and strength. Perhaps an ancient concept can help you to come to a more modern understanding. If you have seen the Chinese symbol of the yin and yang, you will be familiar with the intermingling colors of black and white. The yin and yang can be used to demonstrate opposite and contrary aspects of things that are interdependent and interconnected. I like to think of core training from this point of view.
Your core muscles produce motion on a number of angles. The problem is that many trainees use a handful of “abdominal” exercises that address only direction of movement. Using the concept of yin and yang, in addition to the flexion and rotation pattern your core muscles can produce, a Jiu-Jitsu practitioner must also train exercises that resist these motions as well. Unfortunately, most Jiu-Jitsu players’ training toolbox ends with abdominal exercises that help to produce flexion and rotation of the spine, like sit-ups, crunches and twists. Although some of these can be necessary motions for Jiu-Jitsu, without the other half of motion, this training protocol is incomplete. By adding anti-flexion and anti-rotation motions into your training, you can develop well-rounded core strength, decrease potential injury and remove asymmetries from one side of your body to the other.
In addition to those, there are also side-bending and diagonal movements that occur during a simple roll on the mats. Unfortunately, in the gym, many practitioners rarely move off the straight sagittal plane patterns that are required by the big lifts like bench press, squat, dead lift and chin-ups. Although these exercises should be in your training arsenal, there are movements that can be added to your program to help your body transmit forces from the ground all the way up to the upper body and neck and keep your body safe.
The anti-workout
To perform this month’s workout, you will need either a rubber band or elastic band. You can hook the band to something or use a partner to hold it. Depending on how much you stretch the band, this will determine the amount of resistance provided. These exercises can be used as a warmup or a great finisher to your workouts. For each band movement below, I recommend you stretch the band, hold for two to five seconds and then lower back to the start position over two seconds as well.
1. Standing side holds
Begin standing perpendicular to the band. Bring the band out in front of the body and hold. Slowly return to the start position and repeat for six reps on each side.
2. Standing one-arm band press
Begin standing facing away from the band with a band in one hand. Press the band out in front of the body, maintain good posture and hold. Slowly return to the start position and repeat for six reps on each side.
3. Seated back row
Begin seated facing the band with the band held out front. Bring the band down to the side of the body and hold. Slowly return to the start position and repeat for five reps on each side.
4. Seated side row
Begin seated facing perpendicular to the band with the band held out front. Bring the band down to the side of the body and hold. Slowly return to the start position and repeat for five reps on each side.
5. Prone one-arm plank
Begin in the plank position with the back flat and core held tight. While maintaining the core position, raise one arm and hold for 2–5 seconds. Repeat for six holds on each arm.
Martin Rooney is the founder of the Training for Warriors system and has trained champion fighters for the UFC, Pride, ADCC and Olympics. His TFW fitness program is used in over 130 facilities in 25 countries around the world. Information about TFW certifications at trainingforwarriors.com.
Translation - Portuguese A arte de torcer II
Yin e yang dos abdominais
Mês passado, recebi vários pedidos para elaborar o conceito de como desenvolver força e estabilidade do tronco. Quiçá um antigo conceito possa ajudar você a chegar a um entendimento mais moderno. Se já viu o símbolo chinês de yin e yang, você conhece a mistura entre as cores branca e negra. O yin e o yang podem ser usados para demonstrar aspectos opostos e contrários de coisas que são interdependentes e interconectadas. Gosto de pensar o treinamento de tronco sob essa perspectiva.
Os músculos do seu tronco produzem movimento numa variedade de ângulos. O problema é que muitos atletas usam um punhado de exercícios "abdominais" que só abordam a direção do movimento. Usando o conceito de yin e yang, além do padrão de flexão e rotação que os músculos do seu tronco podem produzir, o praticante de Jiu-Jitsu deve também treinar exercícios que resistam a esses movimentos. Infelizmente, o arsenal de treinamento da maioria dos lutadores de Jiu-Jitsu termina com exercícios abdominais que ajudam a produzir flexão e rotação da espinha – como as flexões parciais, completas e cruzadas de abdome. Embora alguns desses possam ser movimentos necessários ao Jiu-Jitsu, o seu protocolo de treinamento estará incompleto se não incluir a outra metade do movimento. Acrescentando a antiflexão e a antirrotação ao treino, você vai poder desenvolver a força do seu tronco de maneira bem completa, reduzir a probabilidade de lesões e remover assimetrias entre os lados do seu corpo.
Além desses, há também movimentos diagonais e de flexão lateral que ocorrem ao longo de qualquer rola. Infelizmente, na academia, muitos praticantes raramente saem dos padrões retos do plano sagital usados nos grandes levantamentos, como o supino, o agachamento, o levantamento-terra e a barra. Embora esses exercícios devam, sim, figurar no seu arsenal de treinamento, há movimentos que podem ser adicionados ao seu programa para ajudar o seu corpo a transmitir forças do chão até o seu tronco e pescoço, sem deixar de manter o seu corpo em segurança.
A antimalhação
Para realizar o programa deste mês, você vai precisar de uma tira elástica ou de borracha. Você pode prendê-la a algo firme ou usar um parceiro para segurá-la. O tanto que você esticar o elástico vai determinar a quantidade de resistência fornecida. Esses exercícios podem ser usados como aquecimento, ou como um ótimo arremate para as suas sessões. Para cada movimento mostrado em seguida, eu recomendo que você estique a tira, sustente a posição por entre dois e cinco segundos e, então, leve mais dois segundos para voltar à posição inicial.
1. Segurança lateral, em pé
Comece em pé, perpendicular ao elástico. Traga-o para a frente do corpo e segure a posição. Retorne devagar à posição inicial e faça seis repetições para cada lado.
2. Levada de um braço, em pé
Comece de pé, virado de costas para o elástico e segurando-o em uma mão. Leve o elástico para a frente do corpo, sustente boa postura e segure a posição. Retorne devagar à posição inicial e faça seis repetições para cada lado.
3. Remada para trás, sentado
Comece virado de frente para o elástico e segurando-o à frente do corpo. Traga-o para o lado do corpo e segure a posição. Retorne devagar à posição inicial e faça cinco repetições para cada lado.
4. Remada para o lado, sentado
Comece sentado perpendicularmente ao elástico, segurando-o à frente do corpo. Traga-o para baixo e para o lado do corpo e segure a posição. Retorne devagar à posição inicial e faça cinco repetições para cada lado.
5. Prancha com um braço
Comece na posição de prancha, com as costas retas e o tronco retesado. Mantendo a posição do tronco, levante um braço e sustente a posição por entre dois e cinco segundos. Faça a posição seis vezes com cada braço.
Martin Rooney é fundador do sistema Training for Warriors e já treinou lutadores campeões do UFC, Pride, ADCC e das Olimpíadas. O programa TFW é usado em mais de 130 localidades em 25 países. Visite trainingforwarriors.com para saber mais.
English to Portuguese: Fighting back at the old-man Worlds General field: Other Detailed field: Sports / Fitness / Recreation
Source text - English Fighting back at the old-man Worlds
I broke a rib exactly six weeks before the 2013 World Masters and Seniors Championships of Brazilian Jiu-Jitsu. It was a full break, sixth rib on the left side. In the emergency room, the doctor told me it would take six-to-eight weeks just to get to where I could sleep comfortably, cough without pain, and perform normal daily activities. I asked what the worst-case scenario would be if I chose to fight in six weeks.
“Worst case? It re-breaks and punctures something. And there are some important organs right there,” he said, pointing at my heart.
I’m a full-time single dad with a seven-year-old boy to take care of. Punctured hearts or severed aortas were unacceptable. But I also didn’t want to teach my son, by example, to quit that easily. As a writer and former lawyer, that left me with one option: research.
I’d already taken a scientific approach to my training camp. I’m 42 and in all the local tournaments I fight 22-year-olds, competing against guys half my age to win the BC Championships and Vancouver Championships. Fortunately, the Worlds Masters and Seniors, as its name implies, has age as well as weight and belt categories. At blue belt, super-heavy, physical fitness counts, probably more than it should. And as a middle-aged asthmatic, training to be stronger, faster, and fitter than any other 222-pound man who fights for fun is far more complex than it is in one’s twenties or thirties. It’s no longer a simple matter of exercising twice a day. Planning recovery times starts to take up more mental space than the training itself. Knowledge of nutrition and biochemistry – a deep and abiding friendship with your mitochondria and Krebs cycle – becomes as important as sheer willpower in giving an athlete an edge.
The last time I’d felt energetic enough to train intensely twice a day, six days a week, week after week, had been in preparations for the Pan-American Championships in 2011. I’d won my division, and then crashed, overtrained and seemingly always exhausted – so much so that I’d gone in to a regular doctor to get a health checkup. But I was simply burnt out.
So in preparing this year for the “old-man Worlds,” as I’d started to call them, I needed to figure out what was keeping me tired. I didn’t want to feel like an old man just yet.
Thanks to some lucky timing, during one of my son’s gymnastics competitions I sat next to a fellow parent, Dr. Helen Messier, who also happens to be one of the leading doctors in functional medicine in the world, with degrees in genetics and molecular immunology as well as medicine, and post-graduate training in functional, anti-aging, nutritional and integrative medicines. We got into a long conversation about mitochondria, exercise and supplementation.
I had always been skeptical of supplements. I’d rather eat fish every day than take fish oil pills, drink milk rather than protein shakes, make my own kefir instead of buying probiotics. I did supplement while cutting weight, but relied on healthy whole foods 98% of the time. Still, I needed my body to fight and recover like that of a twenty-year-old, and my normal methods weren’t working, so I bracketed my skepticism and asked her for help.
The integrative medicine approach seeks to identify a person's unique biochemical and physiological imbalance. I gave Dr. Messier my blood and in return she gave me pages of printouts on my various levels of antioxidants, vitamins, minerals; malabsorption and bacterial dysbiosis markers; mitochondrial, neurotransmitter and intermediary metabolites; peptides, toxins, amino acids, and just about every piece of information that can be gleaned from bodily fluids.
I was surprised by some of the results. I was outside the reference range for a couple of amino acids, for example. Since I was cutting, I was drinking a scoop of amino acids every morning, but the tests showed I was low in cysteine, as well as a couple of others. That triggered my skeptic bone. It wasn’t until I returned home and checked my BCAAs (branched-chain amino acids) that I noticed my BCAA powder failed to include exactly those amino acids where I was short. Other things were less surprising, like my high mercury levels (thanks to all the fish), but I was now forced to confront them.
I started to supplement properly. Not by carpet-bombing my insides with every supplement I read about online, and not with anything that could get me in hot water with the US Anti-Doping Agency, but on a targeted basis, focusing on those specific acids, vitamins and cofactors that my body was lacking. L-arginine and whey protein for my low cysteine levels. R-ALA, L-carnitine and PQQ for my mitochondria. Digestive enzymes, probiotics and B5 to tame my high benzoic, hippuric and phenylacetic acids. An NRF2 activator and CoQ10 to increase my glutathione levels. And B12 injections because my 3-methylhistidine levels were through the roof due to muscle breakdown from all the exercise. I was soon training twice a day again, six days a week.
Until I broke my rib. There are, unfortunately, no vitamins on the market yet that prevent stupidity.
I went back to the doctor again. She recommended a new set of supplements focused on bone health (particularly calcium hydroxyapatite, menaquinines, and vitamin D), as well as microcurrent and laser therapies. Both interventions had research supporting them. I added acupuncture for the initial anti-inflammatory stage, since that’s where acupuncture has real research supporting it. I started to float several times a week in an isolation tank at Float House, a new float center that had just opened here in Vancouver, because both magnesium and deep relaxation help healing. I started to cook and drink bone broths every day, alternating between beef femurs, buffalo knuckles, and elk bones, and driving my girlfriend a bit crazy as the house started to smell like a rendering plant and glue factory.
Through the fantastic support of my club, North Vancouver BJJ, countless hours of Pub Med research and the help of a doctor who approached medicine through a functional, integrative lens, I made my appointment at the old-man Worlds. I beat the 2013 European champion in the quarterfinals and lost by two frustrating points to the 2013 Pan-American champion in the semifinals. He went on to win gold in both our division and the open category. I came home with a bronze.
And while bronze was not the result I had wanted, the fact that I was able to fight competitively at the highest international level six weeks after severely breaking a rib shows that medicine and healing – or, for that matter, aging itself – need not be as passive as they are made out to be by many health professionals. The tools are out there. We can fight back – against adversity, against broken ribs, even against old age.
Translation - Portuguese Perseverança no Mundial dos coroas
Quebrei minha costela exatas seis semanas antes do Mundial de Masters e Seniors de Jiu-Jítsu de 2013. Foi uma quebra limpa, sexta costela no lado esquerdo. Na sala da emergência, o médico me disse que levaria de seis a oito semanas só pra chegar a um ponto em que eu pudesse dormir confortavelmente, tossir sem dor, e realizar atividades diárias normais. Perguntei-lhe o que de pior podia acontecer se eu resolvesse lutar em seis semanas.
“No pior dos casos, ela quebra de novo e fura alguma coisa. Tem uns órgãos importantes na vizinhança”, disse ele, apontando para o meu coração.
Sou um pai solteiro em tempo integral, com um menino de sete anos para cuidar. Corações perfurados e aortas cortadas não são opções viáveis. Mas eu tampouco queria dar ao meu filho o exemplo de desistir tão fácil. Como escritor e ex-advogado, isso me deixava com uma opção: pesquisar.
Eu já vinha usando uma abordagem científica no meu treinamento. Tenho 42 anos e, em todos os torneios locais, enfrento rapazes com a metade da minha idade pra vencer os campeonatos da Colúmbia Britânica e de Vancouver, no Canadá. Felizmente, o Mundial de Masters e Seniors tem, além das divisões por faixa, categorias etárias. No superpesado da faixa-azul, a forma física conta, provavelmente mais do que deveria. E como um asmático de meia-idade, é muito mais complexo do que aos 20 ou 30 treinar para ficar mais forte, rápido, e em melhor forma do que qualquer outro homem de 100kg que lute por prazer. Não é mais questão de fazer exercícios duas vezes por dia. O planejamento do tempo de recuperação passa a tomar mais espaço mental do que o próprio treinamento. Tão importante quanto a força de vontade, passa a ser o conhecimento de nutrição e bioquímica – uma amizade profunda e duradoura com as suas mitocôndrias e o ciclo de Krebs – para adquirir aquela vantagem extra.
A última vez que eu tinha estado com energia pra treinar intensamente duas vezes por dia, seis vezes por semana, semana após semana, fora no Campeonato Pan-Americano de 2011. Eu tinha ganhado a minha divisão, e depois desabado, sobretreinado e aparentemente sempre exausto – tanto que eu fui a um médico normal pra fazer um checape. Mas eu só estava queimado, mesmo.
Então, ao me preparar para o “Mundial dos coroas”, como o havia começado a chamar, eu precisava descobrir o que era que estava me deixando cansado. Ainda me parecia cedo pra aceitar a condição de velho.
Dei sorte e, durante uma das competições de ginástica do meu filho, eu me sentei ao lado da mãe de um dos seus colegas, a dra. Helen Messier – que por acaso é uma das maiores autoridades em medicina funcional no mundo, com formação em genética e imunologia molecular além de medicina, e treinamento de pós-graduação em medicinas de antienvelhecimento, nutricional e integrativa. Mergulhamos numa longa conversa sobre mitocôndrias, exercício e suplementação.
Eu sempre fora cético em relação aos suplementos. Eu preferia comer peixe todo dia a tomar pílulas de ômega-3, beber leite em vez de batidas de proteína, fazer meu próprio quefir em vez de comprar probióticos. Eu até usava suplementos ao cortar peso, mas contava com alimentos saudáveis e naturais 98% do tempo. Ainda assim, eu precisava que o meu corpo lutasse e se recuperasse como o de um rapaz de 20 anos, e meus métodos normais não estavam funcionando, então deixei de lado meu ceticismo e pedi ajuda a ela.
A abordagem da medicina integrativa procura identificar o desequilíbrio bioquímico e fisiológico exclusivo à pessoa. Eu dei à dra. Messier meu sangue, e em troca ela me deu páginas de impressões sobre os meus vários níveis de antioxidantes, vitaminas, minerais; marcadores de má absorção e disbiose bacteriana; metabólitos mitocondriais, de neurotransmissores e intermediários; peptídeos, toxinas, aminoácidos, e praticamente toda sorte de informação que se pode tirar dos fluidos corporais.
Fiquei surpreso com alguns dos resultados. Eu estava fora da zona de referência para alguns aminoácidos, por exemplo. Como estava cortando peso, eu estava bebendo uma colherada diária de aminoácidos, mas os testes mostraram que eu estava deficiente em cisteína e alguns outros. Isso reacendeu meu velho ceticismo. Só quando cheguei a casa e verifiquei meus ACR (aminoácidos de cadeia ramificada) reparei que o meu pó de ACR excluía precisamente esses aminoácidos faltosos. Outras coisas foram menos surpreendentes, como os meus altos níveis de mercúrio (graças a tanto peixe), mas agora eu era obrigado a enfrentá-las.
Comecei a fazer suplementação adequada. Não quer dizer que me bombardeei com todo suplemento mencionado na internet; nem tomei nada que pudesse me queimar junto à agência americana antidoping. Mas fiz a suplementação com alvos concretos, focando aqueles ácidos, vitaminas e cofatores específicos que estavam em níveis baixos. L-arginina e proteína do soro de leite para os meus níveis baixos de cisteína. Ral-A, L-carnitina e PQQ para as minhas mitocôndrias. Enzimas digestivas, probióticos e B5 para conter os meus altos índices dos ácidos benzoico, hipúrico e fenilacético. Um ativador Nrf2, e CoQ10 pra aumentar meus níveis de glutationa. E injeções de B12 porque os meus níveis de 3-metil-L-histidina estavam nas alturas em decorrência das lesões musculares causadas por tanto exercício. Em pouco tempo, eu já voltara a treinar duas vezes por dia, seis dias por semana.
Até que quebrei uma costela. É uma pena, mas não há vitaminas no mercado que previnam estupidez.
Recorri de novo à doutora. Ela recomendou um novo grupo de suplementos concentrados na saúde óssea (principalmente hidroxiapatita de cálcio, menaquininas e vitamina D), além de terapias de microcorrente e de laser. Ambas as intervenções têm apoio de pesquisa. Acrescentei acupuntura para o estágio anti-inflamatório inicial, pois é nesse uso que a acupuntura tem pesquisa arrimando-a. Comecei a flutuar várias vezes por semana num tanque de isolamento na Float House, um centro de flutuação que tinha acabado de abrir aqui em Vancouver, pois tanto o magnésio como o relaxamento profundo auxiliam no processo de cicatrização. Comecei a cozinhar e beber caldos de osso todo dia, alternando entre fêmures de boi, nós de dedos de búfalo, e ossos de alce – e enlouqueci minha namorada, pois a casa passou a cheirar que nem uma fábrica de cola.
Com o inestimável apoio da minha equipe (a North Vancouver BJJ), mais horas e horas de pesquisa no PubMed, e a ajuda duma doutora que aborda a medicina de modo integrativo e funcional, eu me inscrevi no Mundial dos coroas. Venci o campeão europeu de 2013 nas quartas-de-final, e perdi por frustrantes dois pontos para o campeão pan-americano de 2013 em nossa sêmi. Ele procedeu a ganhar o ouro na nossa divisão e no absoluto. Eu voltei pra casa com o bronze.
E, embora o bronze não tenha sido o resultado almejado, o fato de que eu consegui lutar competitivamente no mais alto nível internacional apenas seis semanas depois de quebrar uma costela, mostra que a medicina e a recuperação – ou o próprio envelhecimento, aliás – não precisam ser tão passivas quanto muitos profissionais da saúde nos fazem crer. As ferramentas estão aí. Nós podemos resistir – contra a adversidade, contra costelas quebradas, até contra a idade avançada.
More
Less
Translation education
University of Michigan
Experience
Years of experience: 19. Registered at ProZ.com: Nov 2014.